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CERUME: SUA IMPORTÂNCIA E EVENTUAIS COMPLICAÇÕES POR MANIPULAÇÃO INADEQUADA

  • Foto do escritor: laoccpsmedufc
    laoccpsmedufc
  • 29 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de out. de 2018




O QUE É


A cera do ouvido, também chamada de cerume ou cerúmen, é uma secreção protetora, constituída do produto de glândulas apócrinas do tipo sudoríparas, associada à síntese de um líquido oleoso, presente no tecido epitelial do meato acústico externo.



ANATOMIA DA ORELHA EXTERNA



A orelha externa é formada pelo pavilhão auricular e pelo meato acústico externo. A primeira parte, o pavilhão auricular, é o apêndice situado lateralmente na cabeça, a parte visível da orelha. É formada por uma cartilagem flexível e irregular (exceto o lóbulo), recoberta de pele. Sua função principal é captar e canalizar o som, conduzindo-o para a orelha média.


O pavilhão se divide em: hélice, escafa, ramos da antélice, tubérculo da orelha (de Darwin), antélice, concha da orelha, lóbulo da orelha, antitrago, incisura intertrágica, trago, meato acústico externo e ramo da hélice


O meato acústico externo tem a função de conduzir os sons captados pela orelha para o tímpano. É um canal cujo 1/3 é composto de cartilagem e 2/3 estão dentro do osso temporal. Possui uma abertura para o exterior e é fechado no interior pela membrana timpânica, que tem formato de cone, separa a orelha externa da orelha média e é fixada no conduto auditivo externo pelo anel timpânico. Sua porção cartilaginosa é revestida por pelos e glândulas que produzem a cera ou cerume. Ambos evitam que poeiras e micro-organismos entrem nos ouvidos.


IMPORTÂNCIA

O cerume impermeabiliza a pele do meato acústico externo, devido à oleosidade característica da secreção das glândulas sebáceas. O produto das glândulas sudoríparas gera um PH ácido e um odor característico, os quais dificultam a aproximação dos insetos. A tortuosidade do meato acústico externo é mais um fator de proteção da orelha, porém facilitador da retenção do cerume.


COMPLICAÇÕES


A formação do cerume pode ser exagerada em algumas pessoas, sendo que em outras há o hábito errôneo de limpar os meatos com cotonetes com as extremidades revestidas com algodão; estes comprimem o cerume contra a membrana timpânica, gerando uma rolha de cerume e os sintomas oriundos desta. Em outras pessoas o cerume impactado ocorre pela oclusão do orifício do ouvido, que pode acontecer devido ao uso de fones de ouvidos ou protetores auditivos tipo plugs intra-auriculares e moldes de silicone (usado por alguns nadadores).



Os sintomas relacionados à presença de cerume no meato acústico externo são: sensação de surdez (muitas vezes súbita), pressão e dor.





CONDUTA PARA REMOÇÃO DA ROLHA DE CERUME


A técnica mais comumente empregada é a lavagem do meato. Nesse processo, a água deve ser aquecida a 37°C e, por meio de um enema esterilizado, a cuja extremidade se adapta uma sonda Itard, faz-se a irrigação, lançando-se um jato contra a parede superior do meato. O jorro líquido desloca a massa ceruminosa, a qual é, então, eliminada do meato acústico externo.

Quando a rolha de cerume estiver dura, é preferível removê-la através de instrumentos, ou por meio da aspiração, se estiver fluida. Essas manobras não devem ser realizadas por médicos não especialistas, uma vez que precisam ser delicadas e requerem experiência. Porém, sobretudo em pessoas idosas, tem-se visto rupturas traumáticas da membrana timpânica produzidas por lavagem. Não se deve jamais empregar a lavagem em pacientes com otite média crônica.



Igor Carvalho

 
 
 

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