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Epistaxe que não para, e agora?

  • Foto do escritor: laoccpsmedufc
    laoccpsmedufc
  • 29 de set. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de set. de 2018

Você está em um plantão na emergência quando chega um paciente que apresenta uma epistaxe que não cessa com compressão nasal. e aí, qual a conduta?



Revisão rápida da anatomia vascular interna do nariz

O nariz, em seu interior apresenta vasos, que irrigam sua mucosa, provenientes das artérias carótidas interna e externa . As artérias e seus respectivos locais de irrigação são: Artéria etmoidal anterior (teto anterior da cavidade;ramo da oftálmica), artéria etmoidal posterior (teto posterior; ramo da oftálmica), artéria esfenopalatina (lateral e septo; ramo da maxilar), artéria palatina maior (assoalho; ramo da maxilar) e ramo septal da artéria labial superior (septo anterior; ramo da facial). A artéria palatina maior atravessa o forame palatino maior e irriga a mucosa do palato duro. Todas as artérias anastomosadas recebem o nome de Plexo de Kiesselbach.





Manifestações clínicas

A epistaxe geralmente é entendida por sangramento nasal que se exterioriza pelas narinas, mas pode ocorrer posteriormente (geralmente na artéria esfenopalatina ou etmoidal posterior) sem manifestações externas ou outros sintomas associados, exceto gosto de sangue sentido pelo paciente. O sangramento posterior pode ser identificado através de uma oroscopia como escorrimento ou gotejamento de sangue. Em casos de epistaxe abundante, principalemente posterior (afetando as artérias esfenopalatina ou palatina maior), pode ocorrer exteriorização de sangue pela boca.

Atenção para o diagnóstico diferencial de hemorragia digestiva alta (como vômitos com sangue).



Condutas



Caso sangramento seja anterior, a principal conduta a ser tomada o estancamento do sangue através de um tampão. O tampão deve ser colocado em camadas pela narina até ocupar toda a cavidade nasal.

Atenção: o tampão nasal nunca deve ser retirado clinicamente, apenas cirurgicamente.





Se o sangramento for posterior o tampão nasal não apresentará nenhum efeito. A conduta ideal é a aplicação de uma sonda de Foley via nasal até a visualização da extremidade distal desta posteriormente à úvula. Uma vez q foi possível sua visualização deve-se preencher seu balão com no mínimo 10mL de soro, e em seguida empurrar com o dedo, pela boca, para cima e tracionar a sonda de forma que fique fixa na rinofaringe,


Em casos muito extremos em que não é possível a hemostasia destas formas, deve-se fazer um procedimento cirúrgico invasivo visando a ligação da artéria carótida externa para que o sangramento diminua e seja possível manejo da hemorragia.


Hiag Leal

 
 
 

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